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China lidera as aquisições de empresas brasileiras
01/03/2013
A China foi o país que mais investiu recursos em fusões e aquisições no Brasil entre 2009 e 2012.
Empresas do país asiático foram responsáveis por 16,1% --equivalente a US$ 21,5 bilhões-- do total dessas transações nesse periodo, um pouco à frente dos Estados Unidos (15,6%).
A conclusão é de uma pesquisa do banco Credit Suisse que mapeou 677 operações de fusões e aquisições caracterizadas como IED (investimento estrangeiro direto) entre 2005 e 2012.
As transações analisadas pelo banco somaram US$ 188,3 bilhões, mais da metade (56%) de todo o IED recebido como participação no capital de empresas pelo Brasil nesse periodo. Existe outra categoria de IED, classificada como empréstimos entre empresas.
Entre 2005 e 2008, a presença da China nas operações de fusões e aquisições no Brasil tinha sido marginal (apenas 0,1% do total).
"Esse salto da participação chinesa ajuda a explicar o forte desempenho do investimento estrangeiro direto no país nos últimos anos", diz Nilson Teixeira, economista-chefe do Credit Suisse.
PESO DA CHINA
Dados oficiais divulgados pelo Banco Central não permitem identificar o peso da China nos investimentos realizados no Brasil porque contabilizam os fluxos de IED com base no pais são remetidos.
Isso faz com que paraísos fiscais e grandes centros financeiros escondam muitas vezes a nação de origem dos investimentos.
Segundo dados do BC, a China respondeu por apenas 0,6% do IED recebido pelo Brasil entre 2009 e 2012.
"Esse estudo cobre em parte uma lacuna importante dos dados oficiais. Com base em informações anedóticas, já havia uma impressõo de que a China havia se tornado uma fonte importante de IED", afirma o economista Luis Afonso Lima, presidente da Sobeet (Sociedade Brasileira de Estudos e Empresas Transacionais).